terça-feira, 16 de junho de 2009

Peixoto




















Peixoto er muito simples, de habitos simples. Nunca havia saido de seu mundinho, no fundo da sua memória lembra-se que em um passado longinquo, morava em em outro lugar, que convivia com os outros. Mas agora só tinha um amigo, Carlos. Carlos é o único com quem Peixoto conversa, é quem traz o seu sustento e tudo mais. Sua casa também é bastante simples porém lhe serve muito bem. Lhe dá abrigo e conforto. Seu jardim não tem lá muita vivacidade porém o seu verde o alimenta de vida e suas cores de alegria.

Todas os dias, no final da tarde Carlos leva a comida de Peixoto, é quando os dois trocam suas palavras, na verdade é Carlos quem mais fala. Peixoto por ser tímido e digamos limitado, nunca é escutado, até porque quase nunca tem o que dizer a Carlos. Ao contrário as lamúrias e reclamações estão sempre na pauta do Carlos. É o patrão que o chamou a atenção na frente de todos, a mulher que apesar de terem se semparado a tempos não o deixa em paz, os políticos que só sabem roubar, e por aí vai. O assunto que Peixoto realmente prestava a atenção era quando Carlos falava de Rosinha, empregada da pensão onde Carlos fazia suas refeições. Já fazia tempos que carlos cultivava um sentimento por ela, e ele só podia se abrir com Peixoto seu único amigo.

Assim seguiam seus dias pacatos monótonos, até sem graça. As emoções ficam por conta dos lampejos de alegria quando Rosinha sorria ou até mesmo esbarrava em Carlos, por conta disso ele ia ter com Peixoto esbanjava alegria e felicidade, parecia a té brilhar te tanta alegria. O contrário também acontecia, se Rosinha nem desse bola, Carlos parecia murchar feito ameixa. Dias tristes dias alegres um após o outro.

Certa quarta-feira, quando saia para o trabalho, foi ter com peixoto e por este nem dar bola as suas lamúrias por causa de Rosinha, Carlos decidiu que aquele seria o dia. Se declararia para Rosinha. Abriria seu coração a ela, de hoje não passaria e ela saberia de seus sentimentos por ela. Era tudo ou nada. Carlos foi a pensão por volta das três e meia da tarde. Rosinha ficou surpresa ao ver Carlos do outro lado da rua a lhe esperar. Aceito o convite para um sorvete, Carlos abriu seu coração, a medida que Carlos ia falando de seus sentimentos os olhos de Rosinha pareciam que iam brilhando cada vez mais. Quando acabou de falar uma lágrima de felicidade rolou no rosto de Rosinha que num impluso o abraçou tão forte que quase o sufocou.

Não, não é "e viveram felizes para sempre", uma semana depois quando Carlos voltou para casa se deparou com uma cena trágica. Seu melhor amigo, Peixoto havia morrido. Boiando dentro do aquário Peixoto seu fiel animalzinho de estimação havia morrido de fome. No Auje de sua felicidade havia se esqucido de alimentar seu melhor amigo.

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