quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

A carência

Nos últimos dias tenho me perguntado por que as pessoas são, estão carentes? É para mim existem pessoas que são carentes e pessoas que momentaneamente estão carentes. Mas nestes últimos tempos tenho percebido que muitas pessoas estão carentes, e por causa desse sentimento, acabam fazendo coisas que no seu estado normal não fariam. Atitudes desesperadas, muitas vezes chegam a implorar, choram, atitudes que para mim são patéticas. Já fiz estas coisas, mas eu realmente ri de mim mesmo depois. Patético.
Resolvi escrever sobre este tema porque alguns fatos que presenciei que foram mais do que patéticos, foram dignos de pena, que para mim é o pior dos sentimentos que podemos sentir por uma pessoa. Não me orgulho muito em dizer isso, mas já senti pena algumas vezes na minha vida, fico até meio puto quando as pessoas sentem pena de mim.
Bem vamos aos fatos, como falei antes foram duas cenas que presenciei, quase que no mesmo dia, uma eu até estava envolvido, não como protagonista apenas conhecia as pessoas, na outra estava apenas em casa no computador quando tudo aconteceu.
A primeira que relatarei, aconteceu com dois conhecidos meus. Os dois tem amigos em comum e se conheceram em uma comemoração de aniversário. O interesse foi mútuo e na semana seguinte os dois combinam uma saída, não sei bem se foi um cinema ou um jantar. Depois de mais algumas saídas e noites amorosas, um dos dois decide que a coisa está ficando muito séria, que não quer continuar a sair todos os finais de semana com o seu par. Decide conversar sobre o assunto sábado a tarde, depois da praia, no trajeto que os leva para casa. Depois da conversa fica tudo acertado entre os dois, que continuariam a se ver mas sem o compromisso de ser todos os finais de semana, fica acertado até a questão da fidelidade, nenhum dos dois deve fidelidade ao outro etc etc etc. Logo mais a noite no barzinho que haviam combinado de ir os ficam juntos mais uma vez, só que o convite para passarem a noite juntos é recusado, e segue para casa. Para sua surpresa quando chega em casa há uma pessoa a lhe esperar, justamente aquela que acabou de deixar em casa e que quer saber porque recusou o convite para passarem a noite juntos. Desespero por pura carência
A segunda eu só sei uma das partes pois só vi / escutei a parte da mulher que gritava debaixo da minha janela. Estava eu assistindo um filme tarde na noite quando escutei alguém falando ao telefone em um tom muito alto. Abri as cortinas e comecei a acompanhar a conversa do telefone que estava bem mais interessante que o filme. Pelo que entendi de tudo o marido/namorado havia mudado as fechaduras de casa e deixado as coisas dela no hall, no lado de fora do apartamento. Ela deve ter feito um escândalo muito grande pois os vizinhos ligaram para a policia que prontamente a retirou de lá e levou para a delegacia. A mulher chorava gritava e implorava para voltar, que ela faria qualquer coisa, que mudaria qualquer coisa, que seria uma mulher diferente etc etc etc. Patético.
Vou deixar apenas algumas perguntas para concluir porque não podemos ser auto-suficientes? Por que não podemos ser felizes sozinhos?

sábado, 21 de novembro de 2009

Sangue nos olhos

Sangue nos olhos, escutei esta expressão quando andava de skate, queria dizer que quando alguém estava com sangue nos olhos era um misto de vontade, gana. Há algum tempo venho procurando o significado da expressão, e descobri que quando fazemos muito esforço alguns vasos sanguíneos podem estourar deixando os olhos vermelhos, literalmente com sangue nos olhos. Então quando nos esforçamos muito para fazer alguma coisa, quando realmente nos dedicamos a alguma coisa, ficamos com sangue nos olhos.

Quando escutei essa expressão pela primeira vez estava em um momento difícil da vida, beirava a depressão, e posso dizer sem sombra de dúvida que viver com sangue nos olhos me ajudou muito. Passei a me forçar a fazer coisas banais, do cotidiano com sangue nos olhos. Tinha que lavar roupa, lavava roupa com sangue nos olhos, tinha que ir comprar pão, ia com sangue nos olhos. Tudo que tinha que fazer, que era obrigação me forçava a fazer com muita vontade com muita gana, como se não houvesse amanhã. E vou dizer isso foi muito bom. Estava sempre de bom humor, nada de ruim me abalava, pois quase tudo que fazia era com gana, com muita vontade.

Por fazer quase tudo com vontade, as coisas eram feitas quase que a perfeição na maioria das vezes, quando isso não acontecia era por excesso de vontade. O erro era perdoado imediatamente porque todos viam que tinha me esforçado.

Há algum tempo tinha me esquecido de como foi bom na época em que “ter sangue nos olhos” era meu lema de vida. Passei a fazer certas coisas displicentemente, algumas vezes até só para cumprir tabela. Só para cumprir tabela é péssimo. Vou confessar já fiz sexo só para cumprir tabela e vou confessar mais ainda, foi pior para mim do que para ela.

Antes de mais nada, quero dizer que tento seguir isso, com todas as minhas forças mas nem sempre consigo. Vamos ao meu conselho, faça tudo na sua vida com sangue nos olhos! Desde as coisas mais simples da vida até as que no exijam mais força. Isso é um treinamento para as dificuldades, quando temos realmente que utilizar todas as nossas forças. Se já está acostumado a usar todas as suas forças para fazer tudo vai tirar de letra as coisas mais difíceis. Vai tomar banho tome aquele banho limpe tudo muito bem e de maneira rápida. Se vai na esquina comprar pão vá sorridente e com vontade, escolha os pães que julgar os melhores, caso contrário periga chegar em casa e descobrir que só trouxe pães que não te agradam.Vai sair com uma garota, dê o seu máximo, mesmo sabendo que nunca mais vai vê-la, deixará uma boa impressão e ela sempre se lembrará de você. Se realmente não for fazer qualquer coisa com vontade com gana digo sem medo de errar, não vale nem a pena fazer. Se for jogar qualquer coisa jogue para ganhar e de goleada. Ganhar de goleada, é a maneira mais respeitosa de ganhar de um adversário, ganhar de goleada quer dizer que você deu o seu máximo o tempo todo, eu odeio o Olé!!!!!

Viver com sangue nos olhos não é só bom para você, contagia! Ninguém agüenta conviver com uma pessoa que tenha sangue nos olhos se não tiver também.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Por Quê Tocamos o Terror?

Texto mais do que foda do meu camarada Arthur Muhlenberg

Valeu Arthurzão

Massa funkeira não me leve a mal, mas vou ter que dar um papo aqui que pode gerar uma certa nóia nas mentes mais fracas. Geral tá vendo que a simples chegada do Mengão no G4 provocou hecatombes generalizadas de norte a sul na arcoirilândia. A presença do Fuderosão atemoriza, apavora, intimida, isso é inegável. Bambis, porcos, galinhas, chorolados e smurfettes começaram a pipocar e a perder pontos quando não podiam perder. Enquanto isso, o Mengão Justiceiro passava o rodo e subia, na humildade, um degrau de cada vez. É nóis sempre, maluco.

Estamos entre amigos, não precisa se envergonhar só porque estamos falando a real. Não estamos viajando ou sendo soberbos, arrogantes, auto-suficientes. Enfim, não estamos sendo rubro-negros normais, estamos sendo sincerões. Existe outra justificativa para a flatulência que se tornou epidêmica entre os times que disputam o título e Liberta assim que nós botamos a cara? Claro que não! É o Fuderosão botando fogo pelas ventas e tocando o terror na humildade máxima.

Mas é bom que nós consigamos manter um distanciamento crítico de tudo isso. Se liga na idéia. O Mengão assusta não apenas porque o time tá jogando mais bola que os outros. Isso é do futebol, todo ano tem um time que tá jogando melhor. Mas só isso não basta pra tocar o terror que nós tocamos. O que congela o sangue da arcoirizada malvestida é a nossa representatividade. É isso que deixa vagabundo bolado.

Eles tão ligados que a Nação se espalha homogênea e majoritariamente em todos os estratos da sociedade. O Flamengo ta junto e misturado na malha do tecido social. Estamos sempre na parada, seja onde for a parada. Não tem como tentarem dar uma volta no Mengão. A Nação não deixa.

Além da Globo, da CBF, da CIA e da Microsoft, que fecharam com a gente faz tempo, estamos também enxertados lá no alto comando da PM paulista, tirando o mando de campo dos gambás. Estamos também no STJD, garantindo a pena mínima pra 3 bambinos que se excederam no uso da força. Estamos também no seio da porcaiada, criando tumulto e garantindo a excursão de fim de ano da Porcolândia até Assunción do Paraguai. Valeu, Obina!

Enfim, os caras têm motivos justos e coerentes pra ficarem cheio de medinho. A gente é que não pode ficar se achando. Vamos continuar no sapato, fazendo a nossa parte e secando geral que puder atrapalhar nossos planos. Ainda não ganhamos nada, mas não perdemos nada por esperar.

SAPATINHO-MAXIMO

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Tudo acontece em Elizabethtown

Acabei de assistir ao filme em questão, e ele acaba de entrar na minha cinemateca VIP. É eu tenho uma parada destas, que lá estão filmes que gosto de rever. Tem de tudo, Xmen, Stranger than Fiction, E o Vento levou (pqp, não acredito que escreví isso), Amelie Polan, Almost Famous, Top Gun, Singles, etc etc etc. este post não é sobre os filmes que tenho, mas sim sobre Elizabethtown.

O Orlando Bloon acaba de ter o seu grande fiasco, dando um prejú de 1 bilhão de dolares na empresa que trabalha, e devolta em casa quando estava prestes a cometer um Arakiry em sua bicicleta ergométrica, outra ideia muito imbecil, recebe a notícia que seu pai havia morrido.

Pois é no desenrrolar do filme o cara conhece a mulher da sua vida, e melhor se conhece, mas na melhor parte do filme ele faz uma viagem "guiada" junto com o seu pai, na verdade com as cinzas dele, e as vai despejando nos lugares que ele acha que seu pai gostaria de ser enterrado.

Pois bem, como no filme eu também sinto falta do meu pai, como no filme eu não era chegado no meu pai e sinto falta disso também. Como no filme meu pai era adorado por muita gente e com a morte dele muita gente me acolheu no seu enterro. Como no filme eu queria ter uma Claire na minha vida. Como no filme eu queria ter feito uma viagem daquelas com o meu pai....

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

O vazio

Pois bem hoje acordei com vazio dentro de mim que foi foda. Me perguntei o que tinha para fazer, o que havia por realizar, coisas nada nobres. Preocupações nada nobres. Ao longo do dia quando ia terminando as coisas que tinha para fazer a senssação de vazio não passava, pior aumentava. Por isso me pergunto, sou uma pessoa vazia? Neeeeeee, acho que não. Acho que falta alguma coisa para preencher o vazio, acho que foi por causa do sonho que tive.

Sonho muito louco o que tive, como a maioria deles, eu era uma pessoa totalmente diferente do que sou. Não me venham com aquelas teorias que é um sentimento reprimido de ser diferente porque não é, gosto de ser como eu sou. Mas neste sonho algumas de minhas qualidades, de que não gosto, eram substituidas por alguns defeitos que gostaria de ter, seria portanto um cara pior do que sou, talves menos careta e menos rabugento, talves uma cara mais cool, mais animado, etc. Mas não era eu.

Tenho certeza que várias pessoas gostariam desse novo eu, mas tenho certeza que os meus amigos e minha famíla, o detestariam. Talves eu fosse até mais rico mas com certeza mais infeliz. Talves não tivesse meus filhos, e por isso minha vida teria muito menos razão.

Este sonho me fez pensar em muitas coisas mas me fez ver com muita clareza, que tenho muito mais a agradecer do que tenho do a desejar a ter.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

dialogozinho

chupado do blog http://migre.me/s/7mrh

Eu te trai. Só vim pra dizer isso.
- Como se eu nunca tivesse desconfiado.
- Agora tem certeza. E não foi só uma vez, não. Foram várias.
- Ãh. Tá. Que mais?
- Te trai em bares. Restaurantes. Boates. Clubes sociais. Em carros, motéis, hotéis e becos. Em casa também.
- Escuta...
- Mas te traí principalmente na minha cabeça. Te diria que desde o segundo dia que oficializamos alguma coisa. É, desde o segundo dia eu tive outra na minha cabeça. O tempo todo. Cada momento.
- Mas que...
- Era outra durante as refeições. Uma terceira quando estávamos atirados nus nos sofá assistindo alguma comédia romântica vagabunda. No supermercado eu tinha uma especial, sempre a mesma. Estranho, né? Mas no sexo eu sempre fui promíscuo. Rolou com alguns caras algumas vezes e cheguei a tatear sua vagina querendo encontrar um pau ali.
- Aaaah, que horror...
- Não, nada a ver com ser gay ou não. Era apenas para não estar com você, entende? E quando te apresentei para os meus pais, tive que me policiar para lembrar do teu nome, já que na minha cabeça era outra pessoa totalmente diferente que eu queria ver estourando aquela champanhe antes do peru.
- Puta merda...
- É. Chegou num ponto que eu quase acreditei nisso, sabe? Que você não era você, e sim uma outra.
- E qual delas?
- Não sei, qualquer uma, contanto que não fosse você. Até hoje isso me intriga, cinco anos juntos e...
- E você veio aqui só pra...
- Sim. Achei que devia jogar limpo contigo.
- Sinceramente, não precisava. Nem sei o que dizer, eu...
- Não precisa dizer nada, não, tranquilo. Não te ouvia naquela época e acho não quero começar agora. Nem te conheço, na real, então...
- Não sei, talvez se você me conhecesse de verdade, poderia até gostar, não acha?
- Ah, não, isso seria algo totalmente absurdo. A verdade é definitiva, acaba com qualquer outra possibilidade. Prefiro manter as portas abertas, enfim...
- E você? Foi sempre você?
- Me diga você.
- Não lembro, eu...
- Pois é.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Família

Dizem que família é muito bom na foto, pois eu discordo. Famíla é muito bom perto da gente, reclamando, brigando, implicando, mas também dando força, apoiando, ajudando. Eu realmente não entendo quem não tem uma relação próxima com a família, conheço gente que fica meses, até anos sem falar com irmãos, gente que fica muito tempo sem falar com os pais, eu mesmo já fiquei muito temposem falar com a minha família, mas confesso que sinto muito falta.

Eu não escolhí a minha família, mas acho que ela foi escolhida para mim a dedo!!!